sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Aquiles

  Guerreiro mitológico e um semi-deus, o maior dos heróis gregos. Sétimo filho de Peleu, rei dos Mirmidões da Riótida, na Tessália, com Tétis, a mais bela das nereidas, ninfa marinha e neta da Terra e do Mar, neto de Éaco e descendente de Zeus, que desejoso de dar um povo a Éaco, transformou uma colônia de formigas em grego myrmex, daí o nome mirmidões, em homens. Uma das versões correntes conta que inconformada com a mortalidade dos filhos que gerava, Tétis mergulhou seu filho nas águas do rio Estige, o rio infernal, segurando-a pelo calcanhar, para torná-lo invulnerável. Assim este ponto ficou vulnerável visto que não havia sido mergulhado nas águas imortalizantes do rio, dando origem a proverbial expressão calcanhar de Aquiles como referência a um ponto fraco. Ainda mais, sua mãe o teria criado como menina na corte de Licomedes, na ilha de Ciros, para mantê-lo a salvo de uma profecia de Calcante, que o condenava a morrer jovem no campo de batalha. Calcante, célebre adivinho, predisse que a presença do grego seria indispensável para vitória dos seus compatriotas em Tróia, porém lá morreria. Criado com o nome de Pirra, que significava ruiva, vivia entre as filhas do rei, porém o herói se fez revelar a Deidâmia, uma dessas moças e com ela gerou NeoptólemoUlisses, sabedor da profecia de que só com sua ajuda venceria a guerra de Tróia, recorreu a um ardil para identificá-lo entre as moças. Ao simular uma invasão, as filhas do rei correram amedrontadas enquanto somente ele reagia aprontando-se para enfrentar os assaltantes, revelando então sua verdadeira origem e identidade. Apesar das advertências da desesperada mãe, de que se partisse, teria uma vida cheia de glórias, porém curta, optou resoluto para marchar com os gregos e partiu para a guerra. No décimo ano de luta, a jovem Criseidea, filha de Crises, sacerdote de Apolo, foi tomada por Agamenon, chefe supremo dos gregos. Por se negar a devolver Criseidea para seu pai, o acampamento de Agamenon foi assolado por uma peste enviada por Apolo. Assustado o comandante supremo decidiu devolver a moça, mas em compensação exigiu Briseis, escrava favorita de Aquiles, que, ofendido, retirou-se da guerra, inclusive doando sua armadura ao seu amigo Pátroclo. Os gregos começaram a fracassar em suas investidas e perderam Pátroclo, morto por Heitor, filho do rei de Tróia, Príamo. Dominado pelo sentimento da vingança, reconciliou-se com Agamenon e voltou à guerra, matou Heitor e arrastou seu cadáver em torno da sepultura de Pátroclo. Em seguida, amarrou seu corpo a seus cavalos e o arrastou ao redor das muralhas da cidade. Mas ele sempre soube que estava destinado a morrer em Tróia, longe de sua terra natal, e acabou sendo morto pouco depois, por Páris, irmão de Heitor, que lhe acertou o calcanhar, único ponto vulnerável de seu corpo, com uma flecha envenenada; dirigida por Apolo. As proezas desse herói e muitos temas correlatos foram desenvolvidos na Ilíada, de Homero, que relata a guerra de Tróia. O seu cadáver, segundo a versão mais comum, foi enterrado no Helesponto junto ao de Pátroclo.

Apolo - Deus do Sol

  Uma das doze divindade gregas do Olimpo, uma das divindades mais ecléticas da mitologia greco-romana, que recebeu grande reverência desde os tempos dos gregos primitivos até os romanos e, conhecido primordialmente como uma divindade solar, também representou o ideal grego da jovem beleza masculina e era o deus dessa juventude, ajudando na transição para a idade adulta. Flho de Zeus e da titã Leto, e irmão gêmeo da deusa da caça Artêmis e pai de Asclépio (Esculápio) e de Orfeu, tornou-se o deus do sol, da luz, da música, da poesia, da juventude, dos esportes e da caça e ainda o deus da profecia: o senhor de todos os oráculos, inclusive o de Delfos, o mais célebre de todos os lugares de profecias. Também tinha sua parte negra, quando ele usa o arco, para disparar dardos letais que matavam os homens com doenças ou mortes súbitas, e também considerado o deus das pragas de ratos e dos lobos, que atormentavam muitas vezes os gregos. Depois de ter morto a serpente Pitho que aterrorizava as pessoas, em comemoração a essa façanha, ele instituiu os Jogos Pithios, cujo vencedor nas competições de força, velocidade ou corrida de carruagens era coroado com uma coroa de louro. Fundador de cidades, dava boas leis, era um deus puro e justo e que curava os doentes, venerado junto com este em grandes templos-hospitais, onde se curavam várias doenças, sobretudo através do sono.  (Fauno), que havia inventado a gaita, desafiou-o para uma competição musical que devia tocar a lira, e apesar da bela música tocada por  (Fauno ou Silvano), tocando a lira que ganhou como um presente de Hermes, a canção sua foi tão impressionante que foi imediatamente declarado vencedor. Todos concordaram, menos Midas, seguidor de , e então o vencedor transformou suas orelhas de Midas em orelhas de asno. Midas tentou esconder as orelhas debaixo de um grande turbante, mas o seu cabeleireiro conhecia o segredo e não conseguia guardá-lo. Não ousando dizê-lo a ninguém, cavou um buraco no chão, cochichou o acontecido dentro do buraco e depois o cobriu. Mas uma moita espessa de juncos nasceu e se pôs a sussurrar a história a partir daquele dia, cada vez que o vento soprava sobre eles. Por espalhar que era o melhor arqueiro entre os deuses, irritouEros (Cupido), o deus do amor, e este vingou-se disparando uma de suas flechas no coração do desafeto e uma outra no coração da ninfa Dafne, filha do deus-rio, Pineus. O deus logo apaixonou-se por Dafne que costumava andar pelas florestas e, como Ártemis, a deusa da caça, não queria se casar. Ele perseguiu-a, mas ela se negou a parar e foi voando, seguida por ele, determinado em apanhá-la. Cansada e prestes a cair no chão, Dafne chamou o seu pai, o deus-rio, para salvá-la. No exato momento em que ela ia ser apanhada, Dafne foi convertida em um pé de louro (Dafne, em grego, significa louro). Sem poder casar com a amada e por amá-la tanto, ele decidiu que as coroas que seriam usadas para distinguir as cabeças dos vencedores dos Jogos Típicos deveriam ser feitas com galhos de louro. Tomou partico na famosa guerra de Tróia, defendendo esta cidade, dizimando os aqueus com praga quando estes ofenderam o seu sacerdote troiano, e acabando por matar Aquiles. Em época mais tardia foi identificado comHélios, deus do sol, pois era antes o deus da luz, e por arrastamento a sua irmã foi identificada com a deusa Selene, da lua. Mitologicamente foi um deus de inúmeros amores, mas que nunca teve sorte, por vingança de Eros, deus do amor. Na mitologia etrusca, foi conhecido como Aplu e era venerado no Chipre, com o título de Abeu.

Anfitrite

  Na mitologia grega, foi a princípio uma simples ninfa filha da também ninfa Dóris e de Nereu ou Oceano, e irmã da deusa Tétis e, portanto, tia deAquiles. Tornou-se esposa de Poseidon ou Netuno, tornando-se a deusa dos mares. Certa vez, quando se divertia com suas companheiras foi vista por Netuno que, maravilhado pela sua deslumbrante beleza, tentou raptá-la, mas ela se recusou a unir-se ao deus, escapou e refugiou-se nas profundezas do oceano, em um lugar onde só sua mãe, Dóris, sabia onde estava. O deus dos oceanos não desistiu de sua paixão e continuou com suas investidas. Mandou um delfim procurá-la e ela foi encontrada ao pé do monte Atlas e, convencida, ela cedeu e casou com Poseidon, que a tornou rainha dos oceanos. Dessa feliz união, nasceu um rebento de corpo de homem e cauda de peixe, Tritão, que se tornou mensageiro e zeloso servidor dos pais, e com sua música produzida com búzios como instrumento, apaziguava a agitação dos mares para que a carruagem paterna pudesse percorrer em segurança seus domínios. Diz-se também que sua descendência foi marcada pelo nascimento de muitas ninfas marinhas, mas também de monstros e gigantes, inclusive mãe dos Ciclopes. Nas esculturas, ela freqüentemente aparece sentada próxima a Poseidon em uma carruagem puxada porTritões. Representada portando um tridente, símbolo de sua soberania sobre os mares, na mitologia romana, é conhecida como Salácia.

Deusa Afrodite(Vênus)

Uma das doze divindade gregas do Olimpo, deusa da beleza e do amor correspondente à romana Venus, porém, ao contrário da última, não representava apenas o amor sexual, mas também a afeição que sustenta a vida social. De acordo com as crenças mitológicas, foi nascida da espuma do mar gerada quando o pai dos titãs Urano foi castrado por seu filho Cronos. Este atirou os genitais cortados do pai ao mar, que começou a ferver e a espumar e promoveu a fecundação em Tálassa, deusa do mar. A mais antiga dos deuses olímpicos ergueu-se da espuma e foi levada pelas ondas até chegar a ilha de Chipre e assim Kypris (= cipriota) foi um dos vários adjetivos que lhe foram atribuídos. Em outra versão seria filha deZeus com Dione, filha de Urano e Tálassa. Criada e educada pelas ninfas do mar em suas cavernas, a deusa da beleza e do amor foi levada pelo mar, de ilha em ilha, encantando a todos com sua beleza e graça. Era acompanhada pelas três Cárites, ou Graças como eram também conhecidas,AglaeTália e Eufrosina, que faziam grinaldas para os seus cabelos e teciam vestidos com as mais belas cores. Essas fatiotas enchiam o ar com as mais inebriantes fragrâncias florais. Chegando ao Monte Olimpo, onde um trono a esperava e os deuses aguardavam-na, seu enorme poder sedutor fez com que Zeus e os demais deuses disputassem o tempo todo os encantos dela, porém ela recusou suas propostas de casamento. Zeus, para recompensar Hefaístos (Vulcano), que lhe havia fabricado o trovão, e também ressentidos como vingança e punição pela rejeição, deu-a em casamento ao feio e deformado deus do fogo. Entre ela e Hera, a esposa de Zeus, não havia muita simpatia, especialmente pelo fato de que ela ter sido indicada mais bela do Olimpo. Para não ser traído pela mulher, Hefesto dava-lhe as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Então ela usava o cinto, para aumentar seus já irresistíveis encantos e conquistar mais amantes. Amou e foi amada por muitos deuses e mortais e dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises Adônis. Teve filhos com vários deles como Hermafrodito com HermesEros, o deus do amor e da paixão, com ZeusAnteros com AdônisFobosDeimos e Harmoniacom AresHimeneu com ApoloPríapo com Dionísio e Enéias com Anquises. Também não admitia que nenhuma outra mulher mortal tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo todas que possuíssem tal beleza ou mesmo que se atrevessem em comparar a beleza com a sua, como aconteceu com Psiquê Andrômeda. Foi provavelmente uma das divindades mais veneradas por parte de todos os povos gregos e romanos, suas festas eram chamadas deafrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Com o passar do tempo e com o crescimento da religiosidade patriarcal, a deusa não perdeu sua mensagem de sexualidade liberal e passou a ser vista como frívola e promíscua. Era representada como uma mulher com uma coroa de flores, um ramo de oliva em uma das mãos e um símbolo da abundância na outra. Um dos mais belos e importantes templos de todo o Império Romano, situado na Vía Sacra de Roma, era consagrado a essa deusa. Sua construção foi iniciada por Agripina e terminada por Vespasiano, e lá depositaram-se todas as riquezas saqueadas do grande templo de Jerusalém. Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas. Ela tinha o poder de inspirar amor nos corações humanos ou destruí-los e encarnava a perfeição da beleza feminina. A famosa estátua, a Vênus de Milo, e a mais conhecida e apreciada peça da escultura mundial, hoje, se encontra no Museu de Louvre, em Paris.

Sobre o Deus Adônis



Nas mitologias fenícia e grega era um jovem tido como modelo de beleza masculina e extremamente carismático, que também teve sua imagem estreitamente vinculada a mitos vegetais e agrícolas desde a antiguidade. Múltiplas lendas descrevem sua origem e uma delas diz que seu nascimento foi fruto de relações incestuosas entre Mirra e seu pai Théias, Rei da Síria, que enganado pela filha, com ela se deitou. Descoberta, para não ser morta pelo pai, pediu ajuda aos deuses, que a transformaram então na árvore que tem seu nome. Da casca dessa árvore ele nasceu. Maravilhada com a extraordinária beleza do menino, a deusa grega do amor e da beleza sensual, Afrodite (Vênus), e tomou-o sob sua proteção. Menino crescido ele eAfrodite se apaixonaram, mas a felicidade de ambos foi interrompida. Ares (Marte), o deus da guerra e amante de Afrodite, ao saber da traição da deusa, decide atacá-lo enviando um javali que lhe desferiu um golpe fatal. Afrodite, que corria por entre as silvas para socorrer o seu amante, feriu-se e o sangue que lhe escorria das feridas junto com o do amante transformou-se em rosas vermelhas. Outra versão da mito conta que Afrodite transmutou o sangue do amado numa anêmona. O jovem morto desceu então ao submundo, onde governava ao lado de Hades (Plutão) a esposa dele, a deusaPerséfone (Prosérpina), deusa dos infernos. Afrodite então instituiu uma celebração anual para lembrar sua trágica e prematura morte. Esses festivais anuais ocorria nas cidades gregas e egípcias, na Assíria, na Pérsia e em Chipre (a partir do século V a.C.) e durante os rituais fúnebres, as mulheres plantavam sementes de várias plantas floríferas em pequenos recipientes, chamados jardins de Adônis. Entre as flores mais relacionadas a esse culto estavam as rosas, tingidas de vermelho pelo sangue derramado por Afrodite ao tentar socorrer o amante, e as anêmonas, nascidas do sangue dele.Perséfone, compadecida pelo sofrimento de Afrodite, prometeu restituí-lo com uma condição: ele passaria seis meses no submundo com ela e outros seis meses na Terra com Afrodite. Entretanto, Perséfone também apaixonou-se por ele e logo o acordo foi desrespeitado. Isso causou um grande desgosto em Afrodite, e as duas deusas tornaram-se rivais. A peleja entre as duas deusas só terminou com a intervenção de Zeus, que determinou que o rapaz seria livre quatro meses do ano, passaria outros quatro com Afrodite e os restantes quatro com Perséfone. Assim tornou-se então o deusoriental da vegetação, simbolicamente morrendo no inverno, quando desce ao submundo e juntando-se a Perséfone, e regressando à Terra na primavera para juntar-se a Afrodite. Embora seja mais conhecido como divindade grega teve, no entanto, origem na Síria, onde era cultuado sob o nome semita de Tamuz, eternamente jovem, ligado à vida, à morte e à ressurreição, e associado ao calendário agrícola.